1945 e uma terrível tragédia em Salto Grande

Salto Grande, carinhosamente apelidada de "Cidade Praia" devido à sua localização às margens do esplêndido Rio Paranapanema, é conhecida por sua beleza natural e pacífica atmosfera. No entanto, em 15 de novembro de 1945, essa tranquila comunidade viu-se envolvida em uma triste tragédia que deixou uma marca indelével em sua história.

No fatídico dia 15 de novembro de 1945, às 11 horas, o Rio Paranapanema testemunhou a perda de uma vida valiosa – a do Frei Padre Estevão Catabriga, um membro da Ordem dos Pregadores, mais conhecidos como Dominicanos. Nascido em 1916 em Mirandola, Modena, Itália, o frei de 29 anos residia em Santa Cruz do Rio Pardo/SP, mas encontrou seu destino final nas águas de Salto Grande.

O cenário da tragédia foi a cachoeira do Rio Paranapanema, um local que, normalmente, é fonte de admiração e beleza. No entanto, naquele dia, tornou-se palco de uma perda irreparável. A causa oficial de sua morte foi declarada como asfixia por submersão, conforme registrado no atestado de óbito pelo Dr. Pedro Cesar Sampaio. Anisio Jacura (ou Anesio Jacura) foi o declarante do óbito, testemunhando a partida precoce do frei.

A comunidade local foi abalada pela notícia da tragédia, e muitas perguntas ainda pairam sobre as circunstâncias exatas do afogamento do Frei Estevão Catabriga. Tudo indica que ele estava passeando por Salto Grande e, ao mergulhar nas águas do Paranapanema, encontrou um destino trágico.

A morte prematura de Frei Padre Estevão Catabriga, reforça a fragilidade da vida e a imprevisibilidade dos destinos humanos. Sua memória perdura, não apenas entre aqueles que o conheceram pessoalmente, mas também como parte indissociável da história e da paisagem de Salto Grande. 

Foto: Ponte do chamado "Canal do Inferno" (1950)


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